A Justiça da Paraíba determinou, nesta segunda-feira (2), a prisão preventiva de um ex-conselheiro tutelar do município de Mulungu, acusado de praticar crimes sexuais contra adolescentes. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça do Estado, após pedido do Ministério Público da Paraíba (MPPB), com atuação na comarca de Gurinhém.
Segundo as investigações, já existem duas vítimas formalmente identificadas, uma adolescente de 13 anos e outra de 15. Ambas relataram episódios de abuso cometidos pelo homem de 41 anos. Além da experiência como conselheiro tutelar, ele também trabalhava em uma van escolar, o que ampliava sua convivência com jovens da região.
O Ministério Público sustentou que a liberdade do acusado poderia comprometer a apuração dos fatos, especialmente pelo risco de interferência nas investigações. O argumento foi acolhido pela Justiça, que entendeu ser necessária a medida de prisão preventiva para garantir a proteção das vítimas e a regularidade do processo.
Em nota, a decisão destacou que “a segregação cautelar é necessária, sobretudo para resguardar a instrução criminal da ação penal que tramita em Gurinhém”. O caso segue em andamento na Justiça, e novas diligências ainda serão realizadas para identificar possíveis outras vítimas.
A prisão preventiva é considerada um recurso extremo, utilizado quando há risco concreto de ameaça à ordem pública, à instrução do processo ou ao cumprimento da lei penal. Neste caso, a medida foi considerada essencial diante da gravidade dos fatos atribuídos ao ex-conselheiro e da posição de confiança que ele ocupava junto à comunidade.
O acusado deve permanecer detido até a conclusão das investigações e o julgamento definitivo da ação penal. O caso segue sob sigilo para preservar a identidade das vítimas.
Portal Primeira Pauta PB