O senador paraibano Efraim Filho (União Brasil) assinou, na tarde desta terça-feira (5), o requerimento que pede a inclusão na pauta do Senado do pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A decisão do parlamentar ocorre um dia após Moraes determinar a prisão domiciliar, o uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas restritivas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em meio às investigações sobre tentativa de golpe de Estado em 2022.
A assinatura de Efraim representa um novo capítulo no embate entre setores da direita política e o Judiciário. Em suas redes sociais, o senador já havia criticado a decisão de Moraes, classificando-a como "desproporcional" e afirmando que o Supremo atua com “dois pesos e duas medidas”.
Além do contexto político, a movimentação de Efraim ocorre também poucos dias após ele receber publicamente o apoio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, em um evento realizado na Paraíba. Michelle declarou apoio à pré-candidatura de Efraim ao Governo do Estado nas eleições de 2026, fortalecendo sua aproximação com o núcleo bolsonarista.
O requerimento para pautar o impeachment de Moraes precisa do apoio da maioria dos senadores para ser efetivamente colocado em discussão. A expectativa é de que o tema divida opiniões no Congresso e provoque intensos debates nas próximas semanas.
A base governista tende a reagir à tentativa de avançar com o pedido, enquanto parlamentares da oposição, alinhados ao ex-presidente Bolsonaro, devem usar o episódio para reforçar críticas ao Supremo Tribunal Federal.
Efraim, que já presidiu a Frente Parlamentar da Segurança Pública, vem adotando nos últimos meses uma postura mais alinhada à direita conservadora, com foco em pautas como liberdade de expressão, limites do Judiciário e segurança institucional.
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