O médico João Paulo Souto Casado negou ter agredido a ex-esposa durante interrogatório realizado nesta terça-feira (17), por videoconferência. Ele é acusado de violência doméstica cometida em 2022, na frente do filho do casal, em João Pessoa. A informação foi confirmada pela defesa do investigado.
O depoimento marcou o encerramento da fase de instrução do processo, quando testemunhas e o próprio acusado são ouvidos. Agora, o caso segue para as alegações finais das partes, antes da sentença, ainda sem data prevista.
O interrogatório foi adiado duas vezes. Em janeiro, uma das testemunhas de defesa não compareceu. Na nova tentativa, o médico não conseguiu participar por estar nos Estados Unidos e alegar problemas técnicos para acessar a audiência online.
O caso
O médico era diretor técnico do Trauminha de Mangabeira à época dos fatos. Segundo a delegada da Mulher, Paula Monalisa, vídeos registrados em 2022 mostram o acusado agredindo a ex-esposa em ao menos duas ocasiões. As imagens foram entregues pela própria vítima à polícia, em agosto de 2023, e divulgadas nas redes sociais do site Paraíba Feminina.
Em um dos registros, feitos dentro de um elevador, João Paulo aparece puxando o cabelo e empurrando a mulher na frente de uma criança. Em outro vídeo, dentro de um carro, ele desfere socos contra a vítima.
Segundo a delegada, a Justiça deferiu medidas protetivas em favor da mulher. O condomínio onde ocorreram as agressões denunciou o caso à polícia 18 dias após a filmagem. No entanto, a Delegacia da Mulher arquivou o caso inicialmente, alegando que a vítima não quis representar contra o acusado. Desde 2012, o STF entende que crimes de violência doméstica devem ser apurados mesmo sem representação formal da vítima.
Portal Primeira Pauta PB.