Feminicídio em Solânea: o que se sabe sobre o caso da mulher morta após recusar reconciliação em festa

Uma mulher de 32 anos foi morta a facadas pelo ex-namorado na madrugada do dia 12 de junho, no município de Solânea, Brejo da Paraíba. O crime aconteceu poucas horas após o suspeito subir ao palco de uma festa de Santo Antônio e tentar reatar o relacionamento em público. A vítima, Vitória Régia Ferreira de Lima, não respondeu ao pedido. O homem confessou o crime e teve a prisão convertida em preventiva.

O Portal Primeira Pauta PB traz a seguir o que se sabe sobre o caso, investigado como feminicídio.


1. Como o crime aconteceu?

Vitória Régia foi atacada a facadas pelo ex-namorado, Adailton Silva dos Santos, com quem teve um relacionamento de cerca de dois meses. Segundo a Polícia Civil, o suspeito esperou a vítima no caminho de casa após a festa. Ela tentou correr, mas ambos caíram no chão. Câmeras de segurança registraram o crime.



Após o ataque, Adailton voltou para casa, trocou de roupa e retornou ao local do crime fingindo prestar socorro. A vítima foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo foi encaminhado à Polícia Científica de Guarabira.


2. Quem era a vítima?

Vitória Régia era mãe de quatro filhos (de 18, 16, 5 e 3 anos). Trabalhava como babá e auxiliar de serviços gerais e havia finalizado recentemente um curso de cuidadora de idosos. Segundo familiares, seu maior sonho era conquistar a casa própria.




3. O que se sabe sobre a tentativa de reconciliação?

Antes do crime, durante a festa, Adailton subiu ao palco e pediu ao cantor para chamar Vitória, com quem queria reatar. Ela não respondeu ao chamado.

O cantor Kelson Kizz, que permitiu a subida ao palco acreditando que seria um pedido de casamento, relatou ao Portal Primeira Pauta PB que está “chocado” com o desfecho. Ele afirmou que o homem disse inicialmente que faria um pedido de noivado, mas depois mudou para reconciliação ao vivo.

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4. A vítima vinha sendo perseguida?

Sim. O primo da vítima, Jeferson Luís, informou ao Portal Primeira Pauta PB que Adailton vinha rondando e vigiando Vitória desde o fim do relacionamento, menos de um mês antes. Poucos dias antes do assassinato, ele teria alugado uma casa na mesma rua onde ela morava.

Apesar disso, Vitória não registrou queixa, conforme informou o delegado Diógenes Fernandes.

Ainda segundo Jeferson, após o pedido no palco, o suspeito tentou insistir na aproximação e até pediu a um primo da vítima para chamá-la, sem sucesso. O filho de 16 anos de Vitória tentou impedir o contato, e houve uma confusão que terminou com a retirada do suspeito do evento pela Polícia Militar.

Ela deixou a festa acompanhada de um amigo. O primo dela ainda relatou que viu o amigo voltando sozinho ao evento, momento em que correu para tentar alcançá-la, já com a suspeita de que algo poderia ter acontecido.


5. O suspeito confessou o crime?

Sim. Segundo a Polícia Civil, Adailton inicialmente negou, mas confessou o crime diante das provas. Ele disse que o crime foi premeditado.

A arma utilizada foi apreendida e ele foi encaminhado à Cadeia Pública do município. Após audiência de custódia, a Justiça decretou a prisão preventiva.


Portal Primeira Pauta PB 

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