Primeira Pauta PB

⚽ Reconhecimento facial será obrigatório nos estádios com mais de 20 mil lugares — e já começa na PB


A partir de junho de 2025, a chamada Lei Geral do Esporte (Lei 14.597/2023) exigirá que todos os estádios no Brasil com capacidade superior a 20 mil torcedores adotem o reconhecimento facial nas catracas, além de central de monitoramento por imagem — com prazo de implementação de dois anos .

🔹 Como será na Paraíba

  1. Estádio Almeidão (Campina Grande): o Botafogo-PB anunciou em abril de 2025 que já está implantando reconhecimento facial em parceria com a plataforma FutebolCard, com previsão de funcionamento no próximo ano .
  2. O clube está mapeando a infraestrutura existente (catracas, fibra óptica, servidores) para executar a implantação por etapas .

  3. Demais estádios da PB: apesar de ainda não haver anúncios públicos sobre Campinense, Treze ou Sousa, o Comitê Estadual de Segurança nos Estádios da Paraíba estuda procedimentos inspirados em iniciativas do Paraná e Rio de Janeiro .

💰 Investimentos necessários

  1. A implementação completa (catracas, módulos lectores, servidores) pode custar de R$ 1 milhão a R$ 3 milhões, dependendo da infraestrutura já existente em cada estádio .
  2. Alguns contratos podem ser fechados via aluguel ou cobrança por torcedor cadastrado, em vez da compra de equipamentos .

🔐 Funcionalidades e vantagens

  1. O sistema usa IA para mapear mais de 100 pontos faciais, com sucesso superior a 99%, e integra com bases federais por meio do sistema CORTEX, do Ministério da Justiça .
  2. Torcedores se cadastram via app ou no ato da compra do ingresso com foto e documento; depois, só precisam passar pelas catracas faciais — sem ingresso físico .
  3. Além do acesso mais rápido, o sistema permite identificar torcedores procurados pela justiça, barrar cambistas e até localizar pessoas perdidas ou envolvidas em incidentes .
  4. Também possibilita rastrear a posição do torcedor dentro do estádio via integração com CFTV .

⚠️ Pontos de atenção

  1. A lei exige conformidade com a LGPD, e a coleta de dados sensíveis só pode ocorrer com consentimento informado .
  2. Há riscos de viés algorítmico, com possíveis falhas maiores para mulheres negras — isso exige atenção nas configurações e testes do sistema .
  3. Cautela é necessária para respeitar o Estatuto da Criança e do Adolescente: o cadastro biométrico é permitido apenas para maiores de 16 anos .
  4. 📝 Conclusão

A Paraíba está apenas começando esse movimento: o Almeidão tem implantação em andamento, e outras arenas devem avançar nos próximos meses. O desafio vai além da tecnologia — exige investimento, adequação legal (LGPD) e preparo para garantir equidade e segurança no uso da biometria. Mas, caso bem executado, o sistema poderá elevar a segurança, agilizar o acesso e coibir fraudes e violências nos estádios do estado.

Portal Primeira Pauta PB

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato