A China, a União Europeia (UE) e a Argentina anunciaram nesta sexta-feira (16) a suspensão temporária das importações da carne de frango brasileira. A medida, inicialmente válida por 60 dias, foi tomada após a confirmação de um caso de gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP) em um matrizeiro de aves comerciais no município de Montenegro (RS).

Apesar de o foco estar localizado no Rio Grande do Sul, tanto a China quanto a União Europeia aplicaram restrições nacionais, ou seja, que valem para todo o Brasil, em razão das exigências sanitárias presentes nos acordos comerciais firmados com o país.

A China é atualmente o maior comprador da carne de frango brasileira, tendo importado 562,2 mil toneladas apenas em 2024, o que representa 10,8% de todo o volume exportado pelo país.

Já a União Europeia ocupa o sétimo lugar entre os principais destinos da carne de frango nacional, com 231,8 mil toneladas adquiridas em 2023, o equivalente a 4,49% das exportações brasileiras no setor, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

No caso da Argentina, embora o volume comprado do Brasil seja menor, o país também decidiu suspender preventivamente as importações de carne e subprodutos de origem avícola. A decisão foi tomada com base na necessidade de comprovação de que o Brasil está livre da gripe aviária de alta patogenicidade.

O governo argentino também anunciou que está intensificando as ações de biossegurança e vigilância sanitária nos estabelecimentos avícolas, como forma de prevenir a entrada da doença. O foco registrado no Brasil está localizado a aproximadamente 620 km da fronteira com o país vizinho.

Em nota oficial, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) afirmou que continuará seguindo o que está previsto nos acordos internacionais. “Reafirmando o compromisso de transparência e responsabilidade com a qualidade dos produtos exportados, as restrições seguirão conforme os acordos sanitários firmados com nossos parceiros comerciais”, destacou o comunicado.

Primeira Pauta PB